domingo, abril 16, 2006

Faz 14 anos...1992!

O ano em que terminou meu casamento... O primeiro ano do resto da minha vida! Inicio , por isso, minhas memórias de viagem com esse ano e esse marco.As fotografias deste primeiro ano são da minha amiga Loretta Emiri, italiana de Narni,uma bela cidade medieval da mágica Umbria.
Fui à Itália e à Áustria. Me encantavam os campos - mais do que as cidades! Eu sonhava viver ali. Conheci Todi, que se tornou minha cidade preferida na Umbria. Conheci Foligno, Assisi, Spello, Spoletto, Peruggia, Narni,Terni e muitas outras cidades. Fiz um roteiro muito bem planejado em Roma.Vivi muito intensamente esse roteiro. Conheci bastante bem a Região Marche, o Veneto e a Lombardia. Estive alguns dias em uma fazenda perto de Fermo.Encantei-me com Torre di Palme,Tolentino, Brescia, Mantova, Vicenza e Padova. Aprendi a cozinhar pratos típicos italianos; aprendi a gostar da Itália e dos italianos.Senti-me " em casa".
A Europa fazia " mea culpa" ... Eram os 500 anos da chegada dos europeus à América. Eu devia falar sobre a questão indígena no Brasil... Falaria sobre o tema aqui, na Região Marche (foto).
Em Vienna, passeei muito com Frederico, meu sobrinho a quem fui visitar, e com sua família. Frê, que fazia o curso colegial ali e já falava bem alemão, havia feito um programa para mim , que incluía andar na Roda Gigante mais alta do mundo, segundo ele.Havia, então,um problema: eu odeio "alturas". Acertei com ele que eu ficaria " em solo" e faria fotos dele bem do alto! O mais importante nessa estada foi conviver com meu sobrinho e com o cotidiano de estrangeiros que viviam ali: suas alegrias, suas dificuldades, seus temores, suas saudades...
Foram dois meses que marcaram muito a minha vida - e foi onde começou minha vinculação com Verona e com Veneza. Eu pensava muito no meu avô, Tobia Menini, que saiu desses lugares belíssimos para o interior de Rosário do Sul, pequena cidade próxima do Uruguai e da Argentina e onde não havia uma " colônia" italiana sequer. Quanta saudade ele deve ter sentido!
Eu falava italiano muito mal... mas não tive nenhum problema. Viajei muito com amigos ou com conhecidos de meus amigos, mas viajei muito sozinha também. Voltei, como faço ainda hoje, com um roteiro a ser feito no próximo ano.Afinal, eu passava a ser uma mulher com independência e "autonomia de vôo".
"Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi e voou
E hoje já é outro dia".(Fernando Pessoa, 1931).

2 comentários:

  1. Anônimo4:51 PM

    Sinto-me lisonjeado e privilegiado em receber para meu crescimento intelectual esse acervo riquíssimo de conhecimento e história. Sem muita tietagem quero lhe falar que muito me alegro ter tido a oportunidade ímpar de te conhecer, Professora Aldema.
    Como é linda sua aura, como posso sentir sua imensidão de beleza interior. Hoje aprendi que “comparações limitam o olhar”! Parabéns. Acredite que a partir dessa leitura de seu belíssimo BLOG, nunca mais tentarei comparar nada. Tudo com certeza têm seu valor único, seu, e se o olharmos assim encontraremos com certeza beleza nas mais simples coisas que contemplarmos.
    Gostaria de lhe pedir que mesmo a distância que algum dia venha nos separar por caminhos que procurarmos andar, nunca deixe de me enviar notícias e enriquecer minha vida com apenas um oi que possas me enviar.
    És bela, linda, menina e mulher!!! Adiro-te. Beijos!!!!

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  2. Molto interessanti le tue 2 reportages di India Aldema !

    alex./greece

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